Procuradores do governo chinês condenaram quatro suspeitos de coordenarem suposto esquema bilionário de pirâmide envolvendo criptomoedas. O resultado do julgamento foi publicado nessa quarta-feira (23) no site da Suprema Procuradoria Popular da província de Hunan, repercutido pelo site Coindesk. Aproximadamente, US$ 2 bilhões teriam sido roubado de investidores.

As investigações ocorrem desde setembro do ano passado e já possuem 98 suspeitos envolvidos. O alvo das investigações são os membros da WeikaCoin, braço chinês da OneCoin, que vem sendo processada em diversos outros países na África, Ásia e Europa por suposto esquema de fraude financeira.

Só na China, a empresa teria acumulado ¥15 bilhões, ou US$2 bilhões, cooptando cerca de 2 milhões de vítimas em mais de 20 províncias. Os membros da companhia considerados culpados terão de enfrentar penas de até quatro anos de prisão e ressarcimento equivalente a até US$ 783 mil. Até a publicação, US$ 266 milhões foram recuperados.

A OneCoin é de propriedade da empresária Ruja Ignatova. Embora sua sede fique no Vietnã, as autoridades locais afirmam que a empresa não possui registro legal. No site da companhia, são oferecidos “pacotes” de investimento em criptomoeda com valores entre €110 e €55.555. Em nota relacionada a escândalos anteriores, a empresa diz:

A OneCoin acredita que todas as alegações midiáticas são fruto de uma campanha bem organizada com o intuito de danificar nossa reputação corporativa e destruir nosso negócio. Que fique claro ao público que a companhia jamais esteve envolvida em atividades criminosas ou ilegais em qualquer país ou território em que opera.

Divulgadores da empresa acusada de pirâmide foram presos no ano passado na Itália e na Índia, sendo obrigados a devolver o dinheiro arrecadado. Na Bulgária, o Comitê Especial de Promotoria está fazendo investigações coordenadas com outros países na Europa e nas Américas em busca de suspeitos.

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