Para fazer o ataque, o hacker teve de adquirir pelo menos 51% da capacidade de processamento dos blocos da criptomoeda. Apesar do BTG possuir uma rede relativamente pequena, o processo é extremamente custoso devido à capacidade de hardware e energia elétrica necessárias, mas o domínio sobre a maioria da rede pode compensar os custos.
Segundo reportagem da CCN, o hacker teria feito depósitos de BTG em exchanges e, simultaneamente, enviado os mesmos blocos da criptomoeda para uma carteira digital pessoal. A rede de blockchain normalmente só possibilitaria uma das transações, mas, dominando a maioria da capacidade de processamento, o hacker pôde duplicar a moeda.
Ele teria enviado remessas de Bitcoin Gold a endereços de exchanges, e rapidamente sacando novamente em sua carteira. Como possuía controle de grande parte das transações, quando enviava novamente determinada quantia, o hacker conseguia controlar o montante tanto na exchange, quanto em sua carteira pessoal.
Um endereço de blockchain relacionado ao criminoso teria recebido 388.200 BTG desde o dia 16 a partir de transações feitas para ele próprio. Ao todo, 22 novos blocos da criptomoeda foram envolvidos nas atividades.
Embora não tenham sido identificados novos ataques, o hacker ainda possui controle sobre a maioria da rede. Os desenvolvedores do Bitcoin Gold recomendam às exchanges que aumentem o número de verificações para transações com seus clientes.
Desde o momento em que foi criado, o BTG é envolvido em polêmicas e questionamentos sobre sua segurança. Um ataque DDoS chegou a derrubar a rede no dia de seu lançamento.
