Russia e Venezuela parecem dispostas a querer reviver os tempos da Guerra Fria agora com criptomoedas, mais especificamente com o “El Petro“, o controverso projeto Venezuelano que, embora negado pelos russos, parece ter total apoio do governo, tanto que, de acordo com a Associated Press um banco russo pouco conhecido, o Evrofinance Mosnarbank, foi o grande apoiador do projeto venezuelano.

Desenvolvido, segundo o próprio governo, para ser uma alternativas as sações americanas, o “Petro” não encontrou muito apoio na comunidade instituicional internacional, mesmo com a “romaria” promovida por Nicolas Maduro e seus pares, por países como India e organizações como a OPEP em busca de apoio para seu projeto que não encontrou eco nem mesmo entre os pares da ALBA, uma aliança multilateral criada e comandada pela Venezuela.

Segundo a reportagem da AP, os primeiros candidatos para a aquisição do Petro tiveram que realizar transferêncais de um mínimo de € 1.000 para uma conta do governo na Evrofinance, que tem entre seus maiores acionistas dois bancos russos controlados pelo Estado, reforçando assim ainda mais a participação Russa no projeto venezuelano.

O mais interessante é que, assim que a AP entrou em contato com o Evrofinance para esclarecer a relação do banco com o token “El Petro”, todas as referências ao projeto foram removidas da carteira do Petro e do site do banco, o que deixou os compradores interessados sem orientação sobre como proceder.

Enquanto não fica totalmente claro a participação da Russia no projeto, declarações de autoridades de ambos os paises revivem o clima de hostilidade da guerra fria, lembrando que a Russia também sofre sanções dos EUA. Per Claiborne W. Porter, ex-chefe da unidade de integridade bancária do Departamento de Justiça dos EUA, diz que o país está ganhando cada vez mais status de pária com a União Européia e os EUA e afirmou, “Como as crianças no playground, a Venezuela e a Rússia acham que estão lutando contra um valentão comum nas sanções dos EUA, então vão tentar formar uma frente unida”.

Já, Yuri Pripachkin, presidente do grupo blockchain da Rússia (que entregou ao Petro o premio “Satoshi Nakamoto“), observou que o Kremlin está de olho no Petro, mas não está envolvido nele. No entanto, ele descartou a ideia de que poderia ser usado para financiar criminosos, “Isso é um conto de fadas. A moeda mais popular para terroristas e criminosos em todo o mundo é o dólar americano, e não as criptomoedas, e ninguém está sugerindo que baniremos dólares. Esta é apenas uma tentativa de impedir que as criptomoedas se expandam”.

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